quarta-feira, novembro 18, 2009

ALGUMAS NOVIDADES...

Bom, faz um tempo que não escrevo, felizmente porque estou bem... No início do meu tratamento, achei que teria mai coisas para escrever aqui, sobre a evolução do meu caso, etc.. Felizmente nao há muitas experiências negativas para relatar.
Na verdade, como minha intenção maior ao expor o que aconteceu com minha saúde é exatamente ajudar aqueles que passarem por situação parecida, tenho algo a dizer.
Sempre depois das sessões de quimioterapia, eu tenho uma náusea muito leve (não cheguei a ter náusea forte ou vômitos), associado a um gosto desagradável que fica na boca... Isso é bem chato, mas pelo menos não perdi o apetite (quem me conhece deve estar rindo agora... continuo fazendo prato de "caminhoneiro nos bufets da vida hehehe). Claro que desde o início disto tudo tenho cuidado mais com a alimentação.

No mais, estou planejando mais um projeto de pesquisa, se der certo vai ser realmente muito interessante... mas nada concreto ainda hehe.

Bom por hoje é só, agora vou estudar um pouco... abraço!

sexta-feira, outubro 16, 2009

SEM AR

Hj fazem 46 dias desde que estou afastado de meu trabalho para tratamento médico. Com certeza o que mais sinto falta é de operar, de exercer minhas atividades como residente de cirurgia; cuidar dos pacientes cirúrgicos, atender as urgências durantes os plantões, discutir os casos mais difíceis com os colegas e professores. Como se diz, só percebemos como o ar é importante quando ficamos sem ele.

Assim que soube da necessidade de afastamento das atividades no hospital, eu, que costume ver as coisas pelo lado positivo (que bom!) pensei em tudo que eu poderia fazer neste tempo “livre”. Tenho lido mais meus livros, e também artigos na internet. Estou começando uma pesquisa bastante interessante junto com um professor da época de faculdade, e também com meu pai. Participo semanalmente da reunião de casos da residência de Cirurgia Geral do Hospital São José, onde eu mesmo fiz residência. Além disso, estou lendo livros que estavam acumulados em meu armário – mais de dez! – entre ficção, história, filosofia, etc... Voltei a fazer aulas de piano e em breve de guitarra também, além de formar uma banda de hard rock com alguns amigos. Jogo vídeo game, vejo televisão ou filmes, navego na internet, e por aí vai... Desde o ano passado me interessei muito por alguns esportes característicos da América do Norte, baseball e o futebol americano. Sempre assisto os jogos pela televisão ou pela internet.

Mesmo assim, tudo isso são apenas distrações... nada substitui o prazer do trabalho diário, muitas vezes bastante desgastante, como residente de cirurgia. Se perguntarmos a qualquer pessoa, a grande maioria aceitaria de muito bom grado umas férias prolongadas, para ficar em casa, aproveitar os amigos e a família, exercer seus hobbies. Mas o bom mesmo é estar “na ativa”, correr contra o relógio, resolver os desafios diários que cada profissão nos proporciona, de diferentes maneiras. A verdade é que tenho que achar várias coisas diferentes para me distrair, para que estes meses antes da minha volta ao bisturi passem rápido.

Felizmente, a companhia da família, de minha namorada, dos amigos (todos estes que nos perdem um pouco para a Medicina), torna tudo mais fácil. Para terminar, um exemplo do que significa ser médico. Na ocasião de minha formatura, um professor da residência em cirurgia presenteou-me com um livro e, como de costume um cartão. Porém, o cartão não era um cartão de “parabéns pela sua formatura”, como tantos outros. Era um cartão de casamento; a questão é que eu não estava noivando naquela noite, nem estou ainda. Era para comemorar a minha união com a Medicina. Pois ela é assim: uma companheira que nos exige não 100, mas 115, 150% de dedicação; e se não bastasse, isto deve ser feito com verdadeira paixão; ela também exige sacrifícios de nossas famílias e companheiras, que muitas vezes ficam em segundo plano por causa dos plantões ou mesmo de imprevistos com aqueles pacientes que exigem mais atenção. Porém, a gratificação que nos é oferecia é única, especial. Provavelmente o que chamamos de “dádiva”.

quarta-feira, setembro 23, 2009

OPINIÃO

Eu admito: invejo algumas pessoas que tem o dom da palavra. Desde os grandes literários da história mundial, antigos ou contemporânceos, cronistas, blogueiros, twiteiros, etc.. certas pessoas apresentam uma capacidade incrível de organizar palavras de forma tão perfeita, que te deixam sem argumento; que, no meu caso, me fazem sentir como se eu nem devesse mais tentar expressar minhas idéias num espaço como este.
Felizmente, a internet está aí para dar vez à todos que queiram dizer algo. E é por tudo isso que acabei de dizer, que hoje, ao invés de impor a minha visão sobre um assunto, vou simplesmente colar o link para um texto que disse tudo o que eu queria, e até mais.
É sobre o "polêmico" (eu não achei) comercial das Havaianas em que um senhora - uma "vózinha" - revela para a neta seu interesse sexual. Acontece que alguns criticaram, acharam absurda a propaganda, e o comercial saiu do ar. Pois aí vai o link:

http://portalexame.abril.com.br/blogs/manualdoexecutivo/listar1.shtml

Aproveitem!

segunda-feira, agosto 31, 2009

"Não sinto nada". Foi uma frase que eu repeti várias vezes desde que isto tudo começou e a verdade é esta. Nao tenho dor, falta de ar, ou enjoo. Sinto como se pudesse correr uma maratona, se fosse o caso.

Na semana passada fiz a 1ª seção de quimioterapia, sendo que naquela manha passei por uma pequena cirurgia para colocação do cateter por onde é administrada a medicação. Não fossem as cicatrizes que agora ostento no torax, nem lembraria o que se passa...

É uma pena não poder trabalhar com aquilo que mais gosto, que é operar... mas tenho certeza que poderei transformar este tempo "livre" em algo muito produtivo, inclusive... digo, principalmente para meu crescimento como profissional.

Uma foto (de minha autoria) para aliviar o clima:

domingo, agosto 23, 2009

Venho aqui cumprir a promessa de relatar os eventos da semana passada, conforme explanado no post anterior:

Durante o mês de agosto eu estava de férias da residência médica que faço em Florianópolis. Vim para Criciúma, e felizmente já estava perto da família, namorada e amigos.
Na quinta feira, dia 20, acordei por volta das 07:00h. Senti uma leve tontura, ao levantar da cama improvisada na sala (o quarto está em reforma, pois levei algumas coisas para Florianópolis), porém nao me preocupei, pois havia jogado video-game até tarde em uma televisão de 47´, o que pode causar estes sintomas. Meu pai logo veio me avisar que naquele dia ele faria várias endoscopias no Hospital São José (à 2 quadras de casa), convidando-me para acompanhá-lo. Este foi um hábito meu durante a faculdade e residência de cirurgia geral, e nas férias e finais de semana também, tanto que pretendo fazer uma especialização na área.
Porém, relatei o sintoma de tontura, e o pai, preocupado, pediu que eu ficasse em casa com minha mãe, já que ela estava com um dos braços imobilizado após um procedimento ortopédico.
Então sentei para tomar café da manha, e durante as conversas e torradas com manteiga, coloquei a mão na região logo acima da clavícula esquerda. Não sei ainda porque o fiz (talvez para mexer em alguma espinha que estava ali), mas lembro perfeitamente o que meus dedos tocaram: um caroço, massa, linfonodo, "íngua", "bolota"... tumor. E aí recordei...
... que há aproximadamente 10 dias, eu havia palpado o mesmo linfonodo supraclavicular esquerdo durante um plantão no SAMU. É óbvio que, estando ocupado com as coisas do trabalho, esqueci por completo o evento, mas prontamente recordei a preocupação que já havia se instalando naquela noite. Desde então fiquei em alerta, como se uma buzina tocasse dentro de minha cabeça, e sem chave para desligar. Terminei o café, minha mãe perguntou se a tontura havia passado e eu confirmei (se ainda havia alguma, era por outro motivo), então fui ao hospital.

Na entrada pelo pronto socorro, comprimentei alguns conhecidos, já com um gosto amargo na boca, sempre relutando em dizer que estava tudo bem, que estava fazendo outra residência, que daqui a 1 ano e meio estaria de volta a Criciúma para trabalhar... pois agora eu alimentava uma incerteza quanto à tudo que já houvesse sido planejado.
Cheguei na sala de endoscopia, meu pai estava terminando um laudo no computador, então resolvi esperar que ele começasse o próximo exame. Claro que ele tambem perguntou sobre minha vertigem daquela manhã, e eu tranquilizei ele, "fiquei até tarde na televisão", etc. Quando terminou aquele exame (cheguei a ajudá-lo no procedimento, como eu já fazia desde a faculdade), mostrei pra ele o achado pouco antes. Ele, sentado em sua cadeira, eu de pé... ele logo sentiu a massa, pois, olhando no espelho, até mesmo uma assimetria havia, e fez uma cara que eu não vou conseguir esquecer. E também disse "ôô meu filho..." com uma entonação de quem sabe que você não é culpado pelo que está acontecendo, mas parece dizer "o que é que você foi me aranjar". Ainda haviam muitos exames para ele fazer, os pacientes esperando... então logo meu pai solicitou um Rx tórax e um ultrasom de região cervical e tireóide, e eu fui atrás de fazer os exames.

Quando saí daquela sala, já sabia o que estava por vir. Minha principal hipótese diagnóstica, que acabou sendo confirmada por todos exames, já estava fixa, era como uma palavra sendo repetida incontáveis vezes, por mais que eu quisesse diferente. Dirigi-me diretamente ao hospital da Unimed, porém os médicos responsáveis pelo exame não estavam lá no momento, e é lógico que eu não iria esperar nenhum segundo pelos rsultados. Voltei para a rua do HSJ, pois ao lado fica uma clínica de radiologia. Aós falar com a recepcionista, identifiquei-me como "Dr. João Vicente Castelan, cirurgião", apesar de que ainda não me sinto confortável com esta denominação. Mas a situação exigia. Fui diretamente à sala de laudos, onde se encontravam 4 ou 5 radiologistas, sendo que falei com uma médica que sempre pensei ser muito compentente. Todos ali são muito competentes, porém, é comum termos mais afinidade com este ou aquele. Ela providenciou as condições para que eu fizesse o exame, sendo que o 1º foi o Rx de tórax. Quando este ficou pronto, eu estava junto do outro radiologista, um dos mais novos, na sala de laudo, aguardando o exame.

Assim que o técnico colocou a "chapa" no negatoscópio, tudo na minha volta parou. O tempo parou. O sol apagou. Os sons se distorceram. E comecei a sentir uma corda roçar em meu pescoço. Como eu disse, já estava esperando algo "não muito bom", mas mesmo assim... acho que ninguém estaria preparado.
"Caralho, que merda é essa cara" deve ter sido a frase que eu falei. O Rx mostrava, uma massa no mediastino (região central do tórax, onde encontra-se coração e grandes vasos, principalmente),o que, junto com o linfonodo que palpei, não deixava dúvidas de que eu estava com câncer. Pelo menos para mim!
Acabei não colocando antes, quando eu cheguei nesta clínica para fazer o Rx, este médico que estava comigo perguntou "o que foi, está gripado também?". Em época de gripe A isso pode parecer óbvio. Mas assim que eu mostrei pra ele a tumoração no meu pescoço, ele fez uma cara de precocupado que só não foi igual à do meu pai, mas também me condenava.
A primeira frase que ele disse ao ver o Rx foi "Nós vamos ter que te tomografar, cara"

Daí pra frente as coisas parecem muito rapidas em minhas cabeça: fiz o ultrassom, que confirmou a presença daquele e outros linfonodos aumentados em direção ao tórax. Logo foi agendada a tomografia ("de corpo inteiro") para o dia seguinte, pois eu precisei fazer o chamado preparo anti-alérgico.

Após os exames liguei para o meu pai (que já sabia dos resultados por intermédio do radiologista) e combinamos de no encontrar em seu consutório. Esperei na sala dele, e com alguma tristeza olhei para a sala ao lado, construída na última reforma, para que eu a utilizasse após terminar a 2ª especialização e voltar para Criciúma.
Ele chegou meio vermelho, alguns cabelos em pé, e logo colocou a mão em meu ombro e disse "fica tranquilo filho, vai dar tudo certo" ou algo do tipo. Cancelou todas as consultas, cirurgias, etc. Ah, também cancelou a janta que seria oferecida no nosso prédio naquela noite, para vários colegas de trabalho.
Conversamos um pouco, eu não sabia muito o que dizer. Lembro que comentei "a gente se pergunta "porque?" ", mas o resto fugiu da lembrança... Fomos para casa. Minha mãe não estava, mas logo chegou. Me preocupei muito com a saúde dela. Entramos no escritório assim que ela chegou, e quando meu pai explicou o acontecido, ela logo respondeu com algo positivo, tipo "Não tem problema", "vai dar tudo certo", mas é óbvio que aquilo era uma armadura que ela usava... e depois de tirar, as feridas iriam doer mais do que no momento em que acontecem.

Liquei para minha namorada, pedi que ela viesse até minha casa, pois precisava conversar. Imagino que ista a tenha deixada muito angustiada, pois não especifiquei a natureza do assunto (saude, relacionamento, até mesmo "bom ou ruim").

Fiquei na janela esperando por ela: era um dia bonito, céu limpo, pouco barulho na rua, alguns carro passavam sem pressa nenhuma. Na minha cabeça, a matemática me aterrorizava: "tenho 26; + 5 são 31 (é pouco), + 10 são 36 (também é pouco)... será que era isso?

Ela chegou, e a cena com minha mãe repetiu-se; só que após as explicações médicas, o rosto dela era grave, triste... Fomo deixados a sós, ela derramou algumas lágrimas (com muitas outras atrás delas esperando para explodir). "Não era pra você ficar dodói" foi o que ela disse, sempre com uma voz macia e carinhosa, que parecia afagar até minha alma. Porém, logo meu pai explicou sobre o linfoma, grandes chances de cura, etc... e minha querida ficou mais tranquilo.

Eu ainda estava angustiado, com o peito pressionado por algumas toneladas de dúvidas, mas isso fica para o próximo post...

quinta-feira, agosto 20, 2009

São Paulo, 20 de agosto de 2009.

Antes de começar: depois deste post eu vou fazer a descrição da 1ª semana, então a ordem vai ficar invertida.


Hoje peguei o resultado de um exame realizado ontem (com bom resultado, felizmente), e realizei uma biopsia de medula óssea. Tudo correu perfeitamente bem, e após os exames, fui ao consultório do Hematologista. Aproveitei para discutir com ele a questão do tempo previsto para tratamento e afastamento de atividades de trabalho. Aí veio uma notícia daquelas que mudam bastante coisa:

Não sei se já expliquei, mas meu caso apresenta um provável estágio inicial e, pelo resultado da biópsia, excelentes chances de cura. Porém, o tempo previsto para tratamento é longo (de 6 à 8 meses), e como trabalho no hospital em contato direto com os pacientes e operando, não poderei manter essas atividades durante todo o período de tratamento. Isto deve-se à esperada queda da imunidade durante a quimioterapia. E no meu caso, terei de parar a residência em Florianópolis. Realmente eu não gostaria de fazer isto, mas desde o momento do diagnóstico inicial já considerei esta possibilidade, e passei a trabalhar com a idéia.

Se fosse outro trabalho (por ex, de escritorio), poderia manter, mas não é, então...

Portanto, a intenção agora é programar uma nova rotina de atividades, principalmente estudar bastante, produzir algo cientificamente, e manter outras atividades, como musica, livros, estudar outra lingua...

São coisas que mudam bastante, fazem pensar, mas agora é pensar no tratamento e visualizar a cura.

Até!
Diário de um...

Não sei como completar a frase. Os últimos dias têm sido bastante intensos para mim, então pensei que este blog poderia ser o lugar certo para descarregar algumas idéias.

Provavelmente todos já tiverem curiosidade em saber como alguém sente-se quando recebe o diagnóstico de uma doença grave. Não me refiro nem a pessoas próximas ou familiares. Digo de você mesmo.

Agora EU sei.

Sinceramente, pensei bastante antes de começar até mesmo o rascunho deste texto. Não quero "aparecer" ou me promover; não quero uma avalanche de palavras de piedade. Por favor, digo isto para esclarecer meu objetivo aqui, e não como se fosse "deixe-me, estou melhor sozinho".
Espero que à medida que as palavras tomam forma em meu monitor, estes objetivos também desenvolvam luz própria.

No meu dia-a-dia como médico(há 2 anos e 6 meses) e cirurgião (há 6 meses), lido com muitas donças graves e pacientes próximos da morte. Inclusive pacientes sem possibilidade de cura. É claro que acabei desenvolvendo a capacidade de conversar com estas pessoas e seus familiares da melhor forma possível, em minha visão; o diferencial é que na grande maioria são pacientes idoso, muitos dos quais têm total compreensão deste momento, alguns até mesmo o esperam de maneiro muito serena. Mas nas poucas vezes em que tive de transmitir aos pais e família de um paciente jovem a decoberta de doença incurável ou até mesmo óbito, vi reações que estão gravadas até hoje em meu cérebro.

Todas as experiências que tive podem ser pouco frente à um profissional com décadas de trabalho, mas siginificam algo importante dentro de tudo o que sei sobre a medicina e a vida. E mesmo assim, nada poderia me preparar para os últimos dias da semana passada.

Como já falei, não quero aparecer, mas acho que o relato de minha experiência pode ser útil principalmente à todos aqueles que passarem por situação semelhante, com familiares ou com o próprio leitor.

Então, a partir deste post, iniciarei um diário de minha experiência com o câncer, transmitindo as percepções e sensações de maneira mais real possível, sem deixar que o tempo as modifique.

domingo, agosto 09, 2009

Gripe Porcina

Frente à recente divulgação de dados que comprovam, ao mesmo tempo, a baixa mortalidade da gripe A, e o grande benefício gerado para a indústria farmacêutica que vende o fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), gostaria de tecer o seguinte comentário:

- É fato que esta Influenza A, aparentemente, está atingindo alguns pacientes fora do grupo de "risco", com desfecho letal. Comentário: este fato pode estar relacionado ao fato de o vírus ser "novo" aos olhos do sistema imunológico de todos nós.

- Assim como no episódio da gripe aviária, há poucos anos, a indústria farmacêutica alimenta o imaginário popular e seus medos. E com isso, alimenta-se com nosso dinheiro, fazendo as ações da distribuidora do Tamiflu subir consideravelmente em poucos dias. Comentário: Esse é a boa e velha ganância agindo, pois há muito tempo qualquer empresa que lucre com a venda de um medicamento, é capaz até de influenciar, à seu favor, o resultado de pesquisas científicas e informações veiculadas na mídia. Não trata-se nenhuma teoria da conspiração Hollywoodiana: se alguém ganha dinheiro com isso, porque não ganhar?

Conclusão: Proteja-se sim, com as medidas profiláticas já divulgadas (lavar as mãos, evitar locais fechados durante muito tempo, nao compartilhar objetos de uso pessoal, etc). Mas nada de panico. É gripe.

domingo, julho 26, 2009

O Melhor da Semana

1. Filme da semana: Harry Potter 6.
Não sou fã do livro nem dos filmes (muitos acham que fã de Tolkien = fã Harry Potter), mas tive a oportunidade de ver toda a série cinematográfica com minha namorada(http://www.ketlinsr.blogspot.com/). Cito este porque é a película mais sincera que vejo em muito tempo: adolescentes tentando entender o amor, tropeçando nos próprios sentimentos, tomando a decisão errada; e o mais verdadeiro de tudo, um monte de moleque chapado (vai dizer que você nunca achou aquele pessoal de Hogwarths meio "high" demais?). Vide a personagem que aparece com umas roupas estranhas, ou a cena em que Harry fica loucão após tomar uma certa "poção" (abre teu olho, magnataaaa*).

2. Revista da semana: X-Factor.

Mais um de tantos derivados dos X-Men, esta mostra o grupo de investigadores liderado por Jammie Madrox, o Homem Múltiplo (rápida aparição em X-Men 3). Já citei este personagem aqui, e porque aprecio sua histórias. Então, vou citar outra passagem: Jammie é um tipo diferente de mutante: uma parte deles ja nasce com os poderes funcionando, diferente da maioria, que manifesta o gene X a partir da adolescencia. Como Madrox ja tinha poderes ao nascer(multiplica-se ao sofrer impacto), em certo momento sua mãe falou: "você imagina o que aconteceu quando o médico deu um tapinha no bumbum dele ao nascer..." hahahaha muito bom ;P

3. Jogo da semana: "Ryhtm Heaven" - Plataforma: Nintento DS.
Simplesmente a definição de diversão. O jogo exige que vc execute diversas tarefas (como e fossem vários mini games) com a caneta stylus do DS, sendo que tudo é baseado em ritmo e música. Genial, pois ao longo do jogo você perceberá que sua habilidade e sensibilidade para ritmos musicais estarão algo melhor.
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Triste: posso me considerar um fotógrafo amador. Sempre que estou passando por um lugar, viajando, passeando, costume perceber cenários que possam render uma boa foto. Hoje, ao vir de Criciúma para Florianópolis pela BR 101, não achei nada para fotografar :(

Até!

segunda-feira, julho 13, 2009

Freakazoid!

Freakazoid! é uma personagem criado por Steve Spielberg e exibido pela Warner há alguns anos. O desenho mostra as aventuras de um nerd (dos bons!) que após fazer um upgrade em seu computador acaba caindo na rede literalmente; então o rapaz passa a ter 2 vidas, sendo a 2ª a de um superherói que ganha poderes para fazer tudo que todo bom desenho animado faz.

Na época em que foi criado este desenho, ainda não existiam Orkut, Twitter, facebook, second life, e outras redes "sociais" tão difundidas hoje.

Hoje, todos que passam algum tempo conectado tem aspectos de sua vida, antes tão pessoais, tão secretos, expostos à simplesmente todos. Estamos ao pouco perdendo a individualidade, o direito de ter sonhos malucos ou opiniões despadronizadas, de gostar de filmes toscos, ouvir música diferente da "maioria"...

Tudo tem que estar na rede, nenhuma comunidade/twitter/perfil pode passar desapercebido, sem ser "add", "joined" ou "followed".

"What are you doing now" promove um destes sites. Você tem interesse em saber o que estou fazendo agora ou depois? O que farei? O que estou pensando?

É impossível acompanhar todas as informações; com a internet, podemos baixar, em poucas horas, milhares de álbuns, centenas de filmes, dezenas de seriados completos e ainda saber pra onde aquele casal de amigos viajou semana passada (ah! que inveja!). Onde todo este excesso de exposição, tanto de influxo para nossas mentes, quanto o "nudismo virtual", irá nos levar?
À medidade que adicionamos perfis e comunidades, seguidores e todo tipo de novo grupo, perdemos o filtro de qualidade para o que adquirimos, antes naturalmente representado pela menos abundância de tudo.

Pelo menos o Freakazoid! tinha só 2 personalidades...
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Para quem viu a trilogia X-Men no cinema, um persongem do 3º filme(acho) que aparece rapidamente - o Homem Múltiplo - representa bem o q estou falando: seu poder é multiplicar-se cada vez que sofre um impacto, mesmo que pequeno. Cada réplica criada pode ir para onde quiser e adquirir informações, e quando o original a reabsorve, os novos dados vêem "no pacote". Só que as réplicas possuem personalidade própria, cada uma sua - depressivo, esportista, apaixonado, violento, etc... - e isto gerou uma questão interessante. Em uma edição da revista, Jammie Madrox, o homem múltiplo, questiona: "E se eu absorvesse todas as cópias, que estão pelo mundo ganhado conhecimento, ao mesmo tempo?"
Começo a entender.

segunda-feira, junho 01, 2009

Trailer da semana: G.I. Joe

Lembra-se daqueles bonecos articulados, que acompanhavam armas, helicopteros, tanques, para-quedas ,etc..., e que são parte de nossa infancia?
Lembrou? É esse mesmo! Então, mais umas referência de meus anos dourados será destruída por um filme totalmente retardado. Explosões, defeitos especiais, personagens vazios, EUA, mulherões, ficção sem base nenhuma. Ah, e o som mais cliche do cinema atual, usado muito nos filmes de terror adolescente (que são qse comédia pra quem tem Q.I. > ou = 32): aquele som agudo, crescente, q acaba repentinamente, numa tentativa frustra de causar algum tipo de emoção... a mim só traz tristeza.

Nem merece que eu cole o link aqui, estimado leitor; se deseja sofrer, tenha o trabalho de visitar qualquer site de vídeos e procurar por esta pérola do cinema atual.

Para terminar, felizmente o cinema atual ainda produz excelentes obras, dentro e fora de Hollywood, mas a modernidade das coisas também traz um "emburrecimento" desta forma de arte, tirando a oportunidade que temos de conhecer aquilo que é diferente, "não-Hollywood", não norte-americano. Uma pena!

Dica de filme: "Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera" Coréia. Dir: Kim-ki Duk.

Até!

sábado, maio 30, 2009


Ah, esqueci
Meu Flickr, já que falei em fotografia:
http://www.flickr.com/photos/joaovicente


=D


VOLTEI!
Então, depois de um tempinho sem mexer neste Blog descubro que ele ainda existe! hahaha.
Interessante ler(porra, ele mudou a fonte sozinho...) coisas que escrevi há tanto temp... tá, olha só: tava passando um baita espetáculo de música erudita, um violonista e um violoncelista tocanfo F. Schubert, e agora tem uma banda de pseudo musica gaucha pop.
... há tanto tempo. Com o tempo minhas prioridades foram mudando; hoje estou, felizmente, fazendo residência em Cirurgia do Aparelho Digestivo. Passei a desenvolver também interesse pela fotografia, principalmente depois da excelente oportunidade de um curso com meu primo, Victor Carlson (http://victorcarlson.blogspot.com/). E parceiro no Tênis =)
----------------- Blogueando... ---------------------------
Acabei de ler sobre as o recente lançamento de mísseis por parte da Coréia do Norte... que diz não aceitar determinadas oportunidades da Coréia do Sul... e então os EUA enviam 14 caças F-22(que só são divertidos em jogos de videogame) para o Japão. Claro, tudo extremamente lógico. São os funkeiros morféticos radicais contra os funkeiros radicais morféticos.
Ok, até a próxima!