sábado, fevereiro 26, 2011

Cisne Negro (Black Swan)


Então chegou a hora de falar em "Cisne Negro", um dos grandes nomes do Oscar de 2011. Este roteiro original, foi dirigido por Darren Aranofsky, um diretor jovem porém muito talentoso. No seu currículo estão "Pi", "O Lutador", entre outros.
Neste novo filme, vemos a história da bailarina Nina Sayers (Natalie Portman, candidata à melhor atriz), a típica menina perfeita, pura, dedicada 100% ao balé. Esta dedicação à leva a alguns extremos, mas ainda assim ela deverá encontrar dentro de si o Cisne Negro,o seu próprio lado escuro, para vencer o desafio proposto pelo coreógrafo de uma grande companhia de balé: interpretar o famoso Lago dos Cisnes, com apenas uma bailarina fazendo ambos Cisne Branco e Cisne Negro.
Para os conhecedores da filmografia de Aranofsky, este filme não trás tantas novidades, mas isso não quer dizer que o filme não mereça os 120 min de seu tempo: muito pelo contrário, com certeza é um dos grande filmes de 2010. Ao longo da película, Nina irá encontrar personagens que trarão a tona seu lado negro, como a bailarina Lily (Mila Kunis) e o coreógrafo Thomas (vincent Cassel).
Mas a grande estrela é Natalie Portman, que já está sentindo a estatueta do tio Oscar em sua mãozinhas: sua atuação começou meses antes do filme, quando aprendeu a dançar balé (para evitar dubles) e emagreceu aprox 15kg. Ou seja, fórmula mágica para ganhar melhor ator/atriz: a academia adora grandes sacrifícios por parte dos atores.

Enfim, Cisne Negro provavelmente irá ser premiado pela excelente atuação e sacrifícios de Natalie Portman, e concorre fortemente a melhor filme, mas penso que foge da "tradição" da academia; só saberemos o que pensam seus membros no dia 11, à noite.

O Inverno da Alma (Winter's Bone)


O Inverno da Alma, como o próprio título remete, trata de uma história triste, trágica, tão difícil, que só poderia ser real. Até porque as histórias mais incríveis, sejam elas boas ou ruins, são reias (como vimos em 127h e Lixo Extraordinario).
A protagonista, Ree (Jennifer Lawrence) é uma garota de 17 anos que cuida de 2 irmãos mais novos, e da mãe, doente. Quando tudo parece ruim, piora: seu pai, um traficante (e ausente), deixou a casa como garantia para suas dívidas, e se ele não aparecer em 1 semana para o julgamento, Ree e os "restos" de sua família perdem o único conforto que ainda têm.
A atriz principal atua de maneira "conservadora", ao meu ver conseguiu evitar o "overacting", comum em alguns dramas, mas também não chama atenção.
O roteiro foi baseado no livro homônimo de Daniel Woodrell, e escrito pela diretora, Debra Granik. Ambos, roteiro e direção, são muito bons, evitando que um filme em que há poucas trocas de cenário fique enfadonho rapidamente (115 min, aprox.)
O Inverno da Alma não deve levar a estatueta da Academia para Melhor Filme, mas com certeza é uma película interessante, que merece atenção.


sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Rodada Dupla!!! "127 Horas" e "Lixo Extraordinário"


Voltei! Temporada "SangueNoZóio" nos cinemas de São Paulo!!! ah, e Porto Alegre, no caminho. Ontem assisti O Discurso do Rei (post anterior) e hoje foram dois filmes.
Primeiro fui ao morimbundo(?) Cine Belas Artes, em São Paulo. A casa tradicional corre o risco de ser fechada, e eu quis "participar" de sua história, antes que sobrem apenas as lembranças e tickets antigos.

Lá, eu vi o documentário "Lixo Extraordinário"(Waste Land), que mesmo não sendo exclusivamente nacional, é nosso maior representante na festa desse ano. Mostra a história dos catadores de lixo do aterro de Gramacho, no RJ. É o maior aterro de lixo do MUNDO. Incrível. E pessoas vivem (se é q pode-se dizer...) neste lugar, literalmente em meio ao lixo. O artista Vik Muniz, brasileiro e de origem pobre, transforma os catadores e seu lixo em arte, e a história não é menos do que emocionante.



E seguindo a onda de histórias reais, vi 127 Horas. O filme foi baseado no livro escrito por Aaron, um aventureiro que ao fazer suas trilhas e escaladas, fica preso nas fendas de um canyon anorte-americano, com o braço direito pressionado entre a pedra e o canyon. Ali ele passa os dias, tentando sobreviver. Não acho que estes filmes, completamente baseados em histórias reais, ou seja, pouco distinguível de um documentário "real", possam compara-se aos filme romanceados/fictícios. Mesmo assim, não quero dizer q 127h seja ruim, muito pelo contrário, é interessantíssimo e a atuação de James Franco está à altura da indicação ao prêmio de melhor ator.


É isso aí, amanhã eu volto com mais!!! COMENTEM!!

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

O Discurso do Rei


Olááá a todos vocês 2 que visitam este blog! =P
Aqui estou, para falar sobre o candidato ao Oscar de Melhor Filme, O Discurso do Rei (Kings Speech). Sempre lembrando que meus reviews não contém spoilers.

O filme mostra a saga do Duque de York (Colin Firth), que encontra-se ao mesmo tempo com a possibilidade de tornar-se rei e sua enorme dificuldade em fazer discursos pelo rádio (o grande avanço da época), pois sofre de gagueira. Em sua "vai crucis", fugindo da doença e indo ao encontro de sua herança na realeza da Inglaterra, George convive com personagens carismáticos, que demonstram a força de vontade e perseverança que lhe faltam, no princípio: sua esposa e o "médico", Dr Longue (Geoffrey Rush).

A película não é nenhuma novidade ou completa inovação: muitas cenas seguem exemplos já repetidos mais de uma (ou 10) vezes em Hollywood. Mesmo assim há muitas cenas interessantes e engraçadas, até, o que é sempre bom, já que cinema é diversão.

Com certeza não é à toa que Colin Firth concorre à melhor ator, pois representar o gago George VI é tarefa para poucos, e ele saiu-se perfeitamente, convencendo e cativando o público. Mas a personagem mais interessante é o Dr Longue, que faz o papel do mentor do rei, e agindo como um House de outrora, diverte o público enquanto guia Sua Mejestade rumo à seu lugar de direito.

O Discurso do Rei foi dirigido por Tom Hooper, que trabalhou em diversas séries de TV e no filme The Damned United (2009). Apesar da boa execução, não é nenhuma nova obra prima da sétima arte, mas o ingresso vale 2 horas de bom cinema e boa diversão. Recomendo!

trailer